"Não é por não estar a 'troika' que não se fazem reformas"
Na conferência que deu esta terça-feira em Bruxelas preferiu não analisar a opção do Governo português por uma saída limpa do resgate...
Eu disse que respeito essa decisão.
Também disse que estes não são tempos de complacência.
Sim.
Está-se a fazer a festa demasiado cedo em Portugal?
A minha hipótese de trabalho é que o Governo português deve ter considerado que consolidou de forma suficiente o estado do seu crédito aos olhos dos credores.E que o Governo, o Parlamento e a sociedade portugueses compreendem que estes não são tempos de complacência. Não é por a 'troika' não estar lá que as reformas estruturais não têm que ser feitas.
Terminado o resgate qual deve ser a prioridade: apostar no crescimento e emprego,cumprir os limites do pacto orçamental ou fazer as duas coisas ao mesmo tempo?
As duas são possíveis ao mesmo tempo. Uma gestão saudável das políticas macroeconómicas e fiscais é o caminho certo, na direção do emprego e crescimento. Olhem para a Áustria ou Alemanha. A ideia de que é preciso escolher entre uma coisa e outra é estúpida.